Redação – A vida … os generais
Redação do 3o ano do Bandeirantes. Nota 7.

A vida ... os generais

Sem memória, um idiota. Costumava bater a cabeça no ferro da cama. As unhas crescidas e sujas, os dedos compridos, com uns nós muito grossos, verdadeiros revólveres que ainda estouravam em seus ouvidos. O cheiro de pólvora e sangue ainda exalavam de seu ser cadavérico.

Uma guerra, um ideal de vida, todos lutam ... todos morrem. Outros lutarão, e outros morrerão.

Já não lhe faz falta o olho vazado ou o braço decepado nas trincheiras perdidos, pois na sua loucura insana, já não pode mais escrever. Ele, que queria ser um poeta. "Correspondente de Guerra", nem lutando ele estava.

Por que não lhe mataram?

Por que não lhe pouparam de tão inútil melancolia?

Vive agora (Vive? Vegeta.) num "asilo militar". A família? Pobre e louco, ainda tem família? Secando um pouco a cada dia, os ossos saltados, o rosto deformado, um monstro bélico.

E como ele, milhares. Mortos, dezenas de milhares. A paz? Isto não existe.

Mas os "generais", estes, ainda vivem.

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