Falta tempo, sobra inspiração. O segundo em que a musa aflora, a doce rotina logo devora. Energia consumida, aquecido o coração. O sussurro no ouvido substitui a pena, o abraço no leito o sono acalenta. Ainda assim, o papel lamenta a falta do que faz a vida amena. Mas o que seria tal panaceia? Tinta deitada sobre papel branco? Palavras que voam pela ameia? Nada melhor do que o olhar emoldurado pelo sorriso franco mostrando que sabemos nos amar.