Pressiono a tecla,
Intrigante devaneio elétrico.
Bilhões de elétrons,
Movimentos rápidos,
Frenéticos,
Energia.
Aos poucos,
Delineia-se algo na tela.
Parece uma letra.
"A"
Perdido,
Esquecido,
Solitário.
Imagino o que pensam os chips,
Quando, em instigante loucura,
Pressiono outra tecla.
E outra, e mais outra.
E todos aqueles elétrons
Em gesto último e tresloucado
Acendem aquela estranha palavra
AMOR
